terça-feira, 18 de maio de 2010
O Amor q escorre de min
é antes a mágica fria,
a ótica das formas esqualidas
q vezer mentem,
outras, perfuram a carne
das lembranças, dos passados.
Ñ quero meu poema d amor
choroso, vagando por becos fétidos.
(Amor, a q fragrancia t asemelhas?)
linda ver quero meu poema d amor
esfaqueando almas sequiosas por brilho.
dilatando as regras amorais,
ceifando, sugando, matando.
Meu amor cabe na palma d minha mão,
mas pode acabar com o mundo inteiro,
Pq o mundo, sim,
o mundo e pequeno e fragil.
Meu Amor e rebelde;certa vez
fugiu d min quando,
na noite estrelada e negra,
eu meninamente dormia.
E aberta a janela deixou...
(Tenho medo d perde-lo)
Num dia chuvoso ele voutou
e fiquei tranquilo.
Meus poemas d amor mais parecem caligrafias.
Sao feitos das vidas,
dos frios,
das frores raras
e são muitos meus;
nem assim menos teus.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Punhal

Beberei deste sangue que
me escorre pelo peito
numa taça de cristal quebrada,
sobre o punhal de lamina afiada,
que corta a alma , que mata.
Resistirei à dor ,
fincarei mais ainda
para nunca esquecer o desamor.
Beberei deste sangue até a ultima gota
para nunca esquecer tua traição.
Saciando minha ira
carregarei este punhal no coração.
Punhal de muitas faces,
cortaste minha carne
sem piedade, sem compaixão,
sobressaltando do meu corpo
a cor vermelha espalhando-se pelo chão.
Lavarei minhas vestes brancas
neste sangue derramado
que tornar-se-á a mortalha
deste corpo dilacerado.
És punhal
em todos os teus atos.
Trago apenas eu

Trago em minha face traços de cansaço,
Refletido em meus olhoso tormento,
Trago nas mãos
um punhado de flores
Trago em meu peito
Trago um punhado
do que restou em mim.
Trago um punhado de dor e mel.
Sem troféu e condenada.
Levo sobre o ombro uma cruz pesada.
Mas trago no coração
Trago apenas eu,
Sem lápide, sem flor

Decadência humana

Esgoto a céu aberto,
humanos comem lixo,
sem nenhuma perspectiva de vida,
muitos cometem suicídio
-Quem são os culpados?
Eu te respondo:
-São os políticos.
Guerra fria...
no poder legislativo,
eles burlam as leis...
pra seus próprios benefícios.
Olho por olho...
dente por dente...
Os governantes não se importam
com a fome desta gente.
O desemprego já virou rotina ,
é sapato furado e molhado
esperando o ônibus na esquina...
È assim que você pensa.
olho por olho,
dente por dente,
não é seu sapato...
seu safado presidente.
Doentes em hospitais,
morrem como indigentes,
é porque não são familiares
dos políticos e presidentes.
Crianças estão jogadas
em calçadas e avenidas,
sem um teto, sem escola
pedem esmolas pela vida.
Enquanto tudo isto acontece,
a corja do poder rouba e enriquece,
esquecem que quando morrerem,
levarão somente as vestes.
Doutores das leis
assinem a alforria,
libertem a humanidade da miséria
condenando os governantes por
homicídio e covardia.
Ressurreição

Ressurgirei das cinzas
num leve sobro do vento,
de alma lavada,
intacta...
de onde estou há muito tempo.
Nos porões da minha saudade,
mantenho-me em cativeiro,
juntando os meus pedaços
que um dia foi inteiro.
Ressurgirei com a força
de um guerreiro...
Deixando minha fraqueza no passado
e todo meu medo.
Abrirei meu peito num suspiro
profundo,
renascendo para vida,
deixando penetrar em minha alma
toda luz que há no mundo
Ressurgirei deste casulo
como as borboletas nascem depois
de muito tempo no escuro, no esplendor
de suas cores batem asas pro futuro.
Renascerei...
Ressurgirei de toda dor contida...
Em meio aos jardins, serei uma
flor ainda não colhida,
orvalhada pelo sereno da madrugada que
se finda.
Em meio às constelações serei
uma estrela expressiva
que ofuscará repentinamente
lampejos em tua retina.
Não Temo Mais

Não temo mais...
os fantasmas que me perseguem.
Eles já fazem parte das minhas noite e tardes.
Convivem comigo em meu cárcere.
Fazem-me companhia
em dias de nuvens negras onde
o sol não brilha.
Na lama, onde atolo minhas poesias,
escureço meu olhar, perco minha alegria,
confesso em meus versos as tristezas dos meus dias
Não temo mais ao confrontar-me comigo,
já me vejo no espelho como assombração
admito...
ser um ser abatido, meio sem cor,
pálido e ferido.
Vou ficando frio...
sem emoções..neste meu vazio.
No oco do meu mundo
vou desfilando letras e compondo
meu absurdo.
O escuro não me aflige mais...
se não tenho estrelas fico apenas
com os vendavais.
Se nem o vento aqui passar, fico apenas
com o silêncio a me silenciar.
Não temo mais a boca seca,
nem as mãos cruzadas,
nem ao arrepio que me chega
em horas desesperadas. Ajoelho-me
e me entrego ao exílio de minhas palavras.
Durmo entre as navalhas...
Acordo entre os punhais.
Tornei-os desprezíveis,
não me cortam nunca mais.
Cálice de veneno

Envenenarei minha saudade
Com um cálice de amargo fel
para matar esta saudade que
descrevo em um pedaço de papel.
Envenenarei minhas lembranças
com um cálice transbordando
de esperanças para que morram
esperando no tempo e na distância.
Envenenarei minha dor
com um cálice de doce veneno
para aliviar o sofrimento que habita
em meu peito.
Envenenarei o amor que sinto
em um cálice de vinho tinto
brindando a morte de um sentimento
que há muito vem me ferindo.
Brindemos ...cálice de veneno,
mato a mim mesmo,
envenenando estes sentimentos.
Serpente
o veneno da serpente,
que me escorre pela garganta
acumulado entre os dentes.
Tenho nas entranhas um misto de
sentimentos, a ira da víbora
que desliza em segredos, traiçoeira
e escondida aguardando meus desejos.
Carrego em meu peito
uma naja enrolada,
do lado esquerdo ela me prende,
do outro ela me abraça.
Controlando-a
a cada dia que se passa,
não deixando seu veneno
ultrapassar minha couraça.
E vou mantendo esta serpente...
não deixando o seu veneno se
destilar em minha mente.
Vermelho rubro

Veja o vermelho rubro
em cada verso que escrevo
manchando uma folha em branco
do vermelho intenso que me escorre
pelos dedos.
Vermelho rubro...
do corte feito em meus sentimentos,
derramado no manuscrito que deixo,
letra por letra escorridas dos meus
pensamentos.
Manuscrito de sangue
em cada verso que escrevo.
Vermelho rubro
que me escorre pelos dedos.
Deixarei lindas rosas rubras
despetaladas sobre o manuscrito, tão vermelhas
e vivas, quanto o amor que sinto.
A FORÇA DO MEDO
limitou meu espaço, acorrentou minha alma,
travou meu passo.
O medo cercou minha trilha,
enforcou-me num laço,
calou minhas palavras, me tornou seu escravo.
O medo matou dentro de mim
uma semente chamada liberdade
aquela que brota com o vento
e semeia a felicidade.
O medo confinou meu ser
nas entranhas do destino,
num emaranhado como de um arame farpado,
arruinado e desprovido.
O medo me condenou, me batizou
com minhas lágrimas, selou minha boca,
cegou minha verdade, esfacelou meu sonho
e amordaçou minha vaidade.
O medo amputou minha força,
esquartejou minha coragem,
esfaqueou meu peito...
Tornou-me um covarde.
O medo escureceu meu brilho,
apagou minhas estrelas ,
Secou meu riacho ,
murchou minha flor...
Tornou-me seu capacho.
O medo quebrou o cristal polido,
estilhaçou em mil pedaços minha face
de vidro, não sou mais eu . Agora
sou apenas...
cacos perdidos.
Morta

Sinto-me morta
nesta cruz que me suporta!
Nem mesmo eu sei o que mais me importa!
Se é a tua ausência, ou se é a tua volta!
Neste meu recinto de segredos e labirintos,
vou deixando a máscara cair.
Não sei se finjo estar triste,
ou se finjo estar feliz.
Neste meu neutro estado de ser,
não sei mais o que sentir.
Sinto-me morta
diante destas horas tortas,
enforcada em uma corda,
sufocada, em coma,
imóvel e sórdida.
Neste meu sepulcro,
coloco minha vida...
decoro-o com letras
e algumas notas de melodia
para aliviar-me desta morte
que me mata a cada dia.
Incinerado

Mate este amor...
incinere-o sem lamentos
nas chamas do fogo ardente
até se tornarem cinzas todo este
sentimento.
Lance as cinzas nos quatro cantos do vento,
para serem levadas na leveza dos pensamentos.
Serão cinzas do amor incinerado, nem preces nem
milagres o trará ressuscitado.
Amor renegado, veio do pó e ao pó será retornado.
Não rogue por mim, nem por este amor incinerado,
queime-o no fogo dos seus atos, que
estarei livre, espalhando as cinzas do passado,
livre como os pássaros...
livre como vento...
Não será eternizado.
Dor
carruagem carregada de medo,
brasa ardente que não se apaga.
Minha dor é aperto no peito
feito peso do aço...
chicotadas nas costas
de cabeça pra baixo.
Dor...
que se propaga,
que me enlaça...
que me enrosca
como roseira de espinhos sem rosas.
Minha dor é...
flecha lançada no peito,.
estaca cravada na alma,
ferida sangrenta...
no castigo de minhas horas.
Desconhecida

Não reconheço meu olhar...
Que a muito tempo se perdeu,
Nas curvas de uma estrada...
Nas encruzilhadas do meu eu.
Desconheço-me
Diante deste espelho...
Face de alguém oprimido,
Face de alguém em desespero.
Não me reconheço mais, me esqueço,
Sinto-me só...
Um espantalho da meia noite
Um punhado de pó.
Um ser omisso, sem voz.
Que não amanheceu com
A luz frouxa do nascer do sol.
Eu anoiteci, me esqueci...
Guardando-me para as estrelas
Não me reconheço mais...
Sou o fantasma da lua cheia.
Pensativa

Mãos no rosto,
Como quem esconde o desgosto
Dos dias cinzentos, do lodo,
De uma mente presa,
Que pensa o tempo todo.
Solidão que me desatenta,
Tornando-me mais sonolenta
Almejando sonhos de uma alma sedenta
Por mais lucidez e clareza.
Pensativa...
Alimentando-me de incertezas.
Boca entre aberta...
Palavras dispersas,
Fagulhas de pensamentos
De uma vida que tem pressa
O que me resta
Nesta tarde sem entregas?
Pensamentos que me acompanham
No espectro de uma fresta.
Pensativa...
Olhando da janela,
Vendo o dia partir com tanta pressa,
Deixando-me em sentinela,
Pensando em cada dia
Que a vida me leva.
O teu silencio

Corta-me o teu silêncio,
No meio do meu peito...
Como navalha amolada
Cortando aos poucos...
Cruel e gelada.
O teu silêncio me apaga
A única chama que me resta
A única luz que me arrebata
Um silêncio que me cala...
Que me amarra e sufoca
Na forca dos incompreendidos,
No nó que me enrosca.
O teu silêncio queima-me
Com febre de não te ouvir,
Arde como brasa dentro de mim,
Teu silêncio é como fogo
a me consumir.
E nas chamas deste teu silêncio
Resta-me falar por ti...
Último suspiro
Veja o nada em que me toreni
Teu silêncio é sufocante
Você poderia ver se notasse a minha medíocre existência
Não feche seus olhosagora
Logo agora que preciso de ti
Estenda a tua mão e me tire desse escuro
Aqueça-me nesse frio mórbido,nessa noite triste
Faça-me viver novamente...se é que um dia eu estive viva
Queria sonhar novamente...
Mas tudo o que acontece é você vir,invadir a minha mente confusa
e assombrá-la,consumindo o único resto de sanidade que há em mim
Enfraqueço nesse silêncio,seus olhos tão distantes que preferem fitar o nada que a mim
Não consigo dizer uma só palavra
Isso vai acumulando,acumulando,me envolvendo...
Me sufocando,me possuindo,me matando...
Despedaçada...
Veja o que está diante de ti,não feche os olhos
Não seja mais um a fazer isso comigo
Este é o meu último suspiro que deixo para ti...
Minha Outra Vida
Vejo almas morrendo naquele momento,
Ouço gritos de dor e sofrimentos,
Lamento-me, lamento,
Pelas almas que estão sofrendo no momento.
Em minha fria face congelada pelo tempo eu já...
Não agüento... Não agüento...
Tanto sofrimento.
Almas a gritar eu a chorar, a implorar por um pouco de paz,
Paz que eu já tive, e será que terei novamente?
Errei o caminho agora irei de pagar.
Desejo um pouco de luz, pois,
Minha alma já não ver, e meu corpo já não sente a tua presença,
Agora nada me resta fora, mas dentro existe um pouco de...
Esperança, coagulada no canto da minha outra vida
Madrugada

O sangue percorre meu corpo
Um silêncio percorre os segundos
Não sinto meus pés no chão
Sinto é um vazio imenso na alma
Uma extrema calma
Eu quero chorar e gritar
Eu quero é sumir
E caminhar na escuridão
Com o coração quebrado e sangrando
Rasgando de solidão
Vago no céu estrelado
Acabou a noite , e chegou a madrugada
Eu choro em lágrimas de sangue
Por não Ter a liberdade
Por ficar só na vontade
De poder vagar mais alto
Em trevas imensas
Em noites densas
Sob os sepulcros vazios
Agora paro, sento em um telhado
Reparo a noite, acabou a madrugada
Dormirei aqui, sob a lua
Minha branca lua
Como eu ...
meus olhos se fecham
e minha alma vaga... e assim, pra mim...
continua a madrugada...
?Certas Derrotas nos preparam pra grandes vitorias ?
onde a luz não ousa chegar,
existe um lugar onde a vida apenas sobrevive.
Muitos chamam esse lugar de inferno,
outros de fim do mundo.
Eu, chamo de lar.
O sono é uma morte incompleta,
a morte é o sono perfeito.
A sombra é a luz negativa.
Uma cadeia de ferros é mais facil do que romper uma cadeia de flores.
A pratica é o verbo em ação,
o homem que pratica pertence
a doutrina cujo ritos realiza.
Se eu avançar, segue-me.
Se eu morrer, vinga-me.
Se eu recuar, mata-me.
Se você é capaz de amar,
não faça sofrer quem te ama.
Lutar sempre,
vencer se possível,
desistir nunca.
Antes de magoar um coração,
veja se não esta dentro dele.
As pessoas estao indo embora
sangue pelo chão
gritos pelo ar...
Não sei o que vou fazer
nao sei como encontrar forças para correr
pois quem eu amo
está morto no chao
Maldito aquele que viola a lei divina
matando pessoas por pura diversão!
Por ti, amor! morrerei!
só nao quero viver
num inferno de podridão!
Ilusão minha era achar que eles tivessem alma
que eles tivessem compaixão!
Um bando de jovens destruídos
por uma sociedade de eterna maldição.
Jovens assassinos...
jovens sem alma e sem coração!
jovens, condenados por um mesmo destino que eu...
o destino da solidão!
Perdi quem mais amei
e em cima de seu corpo chorarei
minha alma destruída pela vingança
e meu coração consumido pela tristeza
vão sempre ficar assim...
até que no inferno te encontrarei!
Sepultura
Um bom cristão,todo apiedado,
Enterra sob velhos escombros
O teu corpo tão celebrado,
Na hora em que as límpidas estrelas
Cerrarem olhos de miosótis
A aranha aqui fará as teias
E a víbora fará os filhotes;
Ouvirás,toda a temporada,
`tua fronte condenada,
Uivos de lobo em solidões
E os dois feiticeiros famintos,
E o dos velhos cheios de instinto
E o vil conluio dos ladrões.
FELICIDADE MORBIDA

O que seria da vida
Sem a luz da tua alma a me lumiar
Como seriam os meus dias
Sem o ardor do teu altar
Pra que caminhar pelas trevas
A procura do lenitivo
Se hoje podemos encontrá-lo
No declínio do teu abismo
É mórbida flor, porém
Delicada e deslumbrante
Que sacia tão voraz vazio
Do meu semblante
É fruto negro e proibido
É lança no peito ferido
São ondas que tocam as nuvens
E inundam o pequeno infinito
Um castelo de espelhos
Na areia do meu tempo
O sangue quente derramado
Das veias do desespero
É nobre escuridão
Que devora as estrelas
É o frio do coração que
Congela minha tristeza
Vivo pela morte
Numa sede vampirística
Do livro sou as páginas
Macabras e místicas
Reflito no teu ego
A imagem mais nítida
Do alquimista a procura
Da amarga utopia
Sinto calor em teus lábios
Escuros no beijo
E vejo a lua através
Dos teus olhos negros
Sigo pregado em tua cruz
Ferido pelos espinhos do teu ódio
Envelheço mil anos
Por segundo ser tão lógico
São as asas que ardem em chamas
E me levam ao vale da solidão
Onde encontro meu abrigo
Em tal sentido sem razão
Pois tu és canção lírica
Que reluz minha alma agora
Teu sentimento obscuro
É minha felicidade mórbida
NÃO ESPERE A MÁGOA PARA PEDIR PERDÃO.......

Teus olhos É possível saber o que pensas, somente te olhando É possível ver que me desejas É possível ver me queres só para ti É possível que eu veja como você me protege Vigia-me Persegue-me Somente com teu olhar... E quando encontra o meu então... Ninguém pode segurar Ninguém irá afastar Ninguém irá me tirar Esse sentimento que cultivei E todas as noites que não te beijei Nem te abracei. Serás para sempre Guardado na minha lembrança. Vou passar o resto dos meus dias Olhando você sorrir... Coisa que eu já faço Pois o amor me permite tê-lo Permite-me vê-lo E senti-lo a metros de distância Pois em qualquer circunstância Seu olhar está lá Sempre a me procurar... E Estarei aqui...
...::Nobre Melodia::...
Perdida num campo de negras rosas
Ferida por alguns espinhos, derramava meu sangue
Sentia meu espírito me deixar alguns instantes
Sentei-me então perto à maior lápide
Ouvi sussurros do vento
Quebravam aquele silêncio
Harmoniavam aquele momento
E naquela nobre melodia
Confusa, eu me perdia
Negras sombras já estavam a me envolver
E meu coração, eu nem sentia mais bater
E num momento repentino
Já era finito meu desatino
Meu coração já voltava a doer
E as sombras começavam a desaparecer
Com o tempo, já não ouvia mais o vento
Dentro de mim, gritavam meus lamentos
E novamente..
Estava eu andando entre mortos
Perdida num campo de negras rosas
Tediosa existência,
Incessante movimentação,
Eterna dúvida,
Maior dos mistérios
O que senão o sono,
O inibidor dos sentidos,
Para nos desprender daqui,
Oh, sofrido mundo!
O sono é a morte dos que ainda vivem
Para os que dele retornam,
Resta apenas serem tolos
E procurarem a felicidade
Ou serem sábios
E procurarem evitar a dor
Ciclo vicioso, degradante, tedioso
O que senão o sono eterno,
O finalizador dos sentidos,
Para nos tirar daqui,
Oh, sofrido mundo!
A morte é o sono dos que não vivem
Os que para ela foram,
Aqui não mais retornarão
Resta-lhes o nada,
Fazer nada,
Não serem, pois nada são
Nada é!
Não há ciclo
Apenas a degradação completa
Insistentes,
As artes preencherão o vazio de tuas almas
Pobres almas...
Destroçadas pela vida
O sono,
O analgésico para a dor da vida
--†--Sentimento calado--†--

Tudo voltou ao normal,
Novamente a tristeza que antes disfarçava
Agora se expulsa de meu ser, abalada
Como posso Ter todo esse mal?
Esse mal de fixar meu pensamento em uma só coisa
Em uma só lembrança, em uma só pessoa
Estou morrendo pouco a pouco...Quero gritar!
E essa dor incessante de meu peito retirar,
Dor que está despedaçando meu coração.
Estou me perdendo novamente
Na melancolia e na escuridão de minha mente
Onde só existe arrependimento e vontade
Vontade de te pedir perdão e te ver feliz
E arrependimento de Ter feito o que fiz
Mas, te ver feliz seria com sua outra metade
Não eu... Não quero lágrimas ao meu peito
E sim um sorriso direito.
Por mais que eu tenha certeza
De que nunca mais terei ao meu lado sua beleza
Ainda teimo em continuar nessa eterna tristeza
Ferindo-me neste amor roubado,
Desse Sentimento calado.
--††-Na noite sou livre-††--

No vazio de toda noite
Me sinto tão livre, tão liberta
Não preciso mais daquela foice
Agora estou com a mente aberta.
A lua em silêncio me observa
A brisa leve toca meu rosto
Esse é o paraíso que me reserva
A parte de minha vida que tenho gosto.
É nesse maravilhoso momento do dia
Que desperto meu ser escondido
Me livro de toda melancolia
E me entrego ao sentimento proibido.
Quando o dia volta a raiar
Começo de novo a ver rostos
Rostos que gostam de enganar
Com suas falsidades e injúrias que dão desgosto.
Por isso prefiro a noite perambular
Pois assim não haverão rostos com os quais odiar.
PERFEITA MALDIÇAO
A chuva era perfeita
O sol era perfeito
Minha mente era perfeita
Não fosse a maldição
Andar na rua era perfeito
Meu riso era perfeito
A noite era perfeita
Os olhares eram perfeitos
Não fosse a maldição
O dia poderia ser perfeito
Os sons eram perfeitos
A terra era perfeita
Se não fosse a maldita maldição
A mentira é perfeita
A verdade imperfeição
A tristeza é perfeita
Alegria imperfeição
E a infame maldição
Querer era perfeito
Nunca ter, imperfeição
Maldição
Humano é o maldito
Gente, maldição
Se eu fosse formiga Perfeição
Eu sou humana Maldição.
Perdida entre as asas de um anjo.
Não consigo distinguir o que é real.
Perdida na doçura de um encanto.
Arrepio-me ao sentir um estranho sopro em meu pescoço.
Mas me surpreendo na curiosidade que mostra o meu corpo.
Presa na tortura de uma razão.
Vencida pelos meus desejos.
Estou presa entre doçura e lágrimas.
Estou presa entre amor e ódio.
Presos entre sorrisos e lágrimas.
Amarrados por nossos corações.
Que vá embora a saudade que me domina.
Que vá embora encontrar seu destino
E venha mais uma vez iluminar o meu caminho.
Mostre-me a paz que eu vejo em meus sonhos.
Perdida nas carícias de um anjo.
Surpreendo-me no desejo que mostra o meu corpo
Quando sinto o teu sopro no meu pescoço.
Surpreendo-me ao me entregar às carícias de uma loucura.
Sinto em meu corpo a tortura do meu subconsciente.
Amarrada aos braços de um anjo.
Entrego-me a uma loucura.
E que se vá as razões que ficam a me dominar.
Estou presa na doçura de um anjo.
Não posso sentir mais essa alegria,
Que você me proporciona
Minha vida não será a mesma
Sem você aqui nos meus braços,
Deixe-me cuidar de você,
Há perigos que te afligem,
Seja compreensiva,
Não há quem te desejas mais do que eu,
Volte aqui e agarre meus braços,
Não posso tela novamente?
Se puder, volte a mim,
Você é quem mais desejo,
Minha jóia mais valiosa,
Volte a mim,
Não me abandone
Tenho medo das trevas me consumir,
Só você pode me curar,
Proteja-me,
Seu leito de alegria me inveja
Tendo você em mim,
Não serei engolida pelo medo,
Minhas entranhas não suportam essa dor
Você é a cura,
Você me ajudará,
Não espere acabar o tempo,
Ajude-me,
Não conseguirei viver sem ti,
Ó querida liberdade.
Deusa
Dançando com os espíritos no ar,
Além do círculo luminoso da vida,
Nas árvores desenhadas no céu luminoso.
Deusa da noite que me ilumina,
Tome conta de nossos dias,
Permaneça ao meu lado.
Que eu possa me aproximar dos altos trabalhos da Terra
E dos círculos de pedra,
Que meu olhar seja direto e minha mão firme,
Sem medo de enfrentar meu próprio reflexo.
Abrace os mortos,
Fique ao seu lado,
Tome conta de nossos dias,
É o fim.
Não temas!
Sinta as sombras no seu coração,
††††††††††††††††††††††††††††††††
Lágrimas depressivas
O sol clareia brando
A lua suaviza meu pranto
Medito sobre minha vida vazia
Lágrimas de suplício
Lágrimas geladas...
Lágrimas desperdiçadas...
Tentando aliviar meu martírio
E eu odeio tudo isso
Odeio sentir essa tortura
Ser seguida por essa amargura
Até já tentei suicídio
Minha lamúria
Meu terror que queima minha alma
Minha mortificação que não me deixa ter calma
Minha eterna fúria
Lágrimas...
Lágrimas de dor
Lágrimas sem amor
Mágoas...
Tentei me afogar
Nessa lamentação inútil
Nesse lamento fútil
Na bruma que disfarça o mar
Mas isso não me protegeu
Só me trouxe mais aflição
Só trouxe minha crucificação
Mas isso não me abateu
Pois, assim como eu
Nesse mundo profano
Sufocado nesse desejo insano
Muita gente morreu...
Nessa imortal depressão