
Numa noite de outono
Em um cemitério a céu aberto
Vejo numa poça de sangue
A face do teu verdadeiro ser
Em prantos choro meu sangue
Até eu morrer e tu renascer
Como nosso criador quis
Nasceremos e renasceremos
Em nossa dor e agonia
De ninguém nos aceitar
Nesse mundo de heresia
Em que um só vive
Se souber viver
Em uma guerraSem fim
Entre o bem e o mal
Nenhum está certo
Pois entre morrer e viver
Prefiro é ficarCom você
Fico louco de pensar
Que você se foiE
m sua lapide
Não há nada escrito
Termino de morrer
Escrevendo em tua pedra
“Amor, sou seu ser”
Termino de assinar
Enquanto toco em sua mão
Num suspiro sereno
Termino esta ação
Duas almas vagando
Naquele ponto de origem
Olhando seu corpo pela ultima vez
Com um doce beijo virgem.
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