segunda-feira, 5 de julho de 2010

Paradoxo


Estando eu vivo, amo a morte,

a delícia de ser sucumbido pelo frio

descer às sombras da paz,

do assossego...

Ah! O alento! O afago!

O negro doce beijo da morte!

Bom é repousar sobre seu gélido ninar

e celebrar finalmente o fim do fado tedioso,

suado e laborioso da vida.

Na lápide noturna,

entre os cravos brancos

e rosas cabisbaixas e choronas

é que estarei são,

sorridente e finalmente feliz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário