Paradoxo
Estando eu vivo, amo a morte,
a delícia de ser sucumbido pelo frio
descer às sombras da paz,
do assossego...
Ah! O alento! O afago!
O negro doce beijo da morte!
Bom é repousar sobre seu gélido ninar
e celebrar finalmente o fim do fado tedioso,
suado e laborioso da vida.
Na lápide noturna,
entre os cravos brancos
e rosas cabisbaixas e choronas
é que estarei são,
sorridente e finalmente feliz.
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